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Conheça profissões criadas a partir da evolução da medicina canábica

Surge novo mercado com pesquisas e regularização de produtos e medicamentos

Com a ampliação de pesquisas, debates e regularizações da maconha medicinal (hemp) pelo mundo afora é natural que também surjam novas profissões relacionadas ao tema. Afinal de contas, é preciso contar com mão de obra especializada desde o cultivo até a venda de produtos ou pesquisas no setor. Por conta disso, novos cursos e possibilidades de aprendizado também ganham vez no mercado. 


Nos Estados Unidos, por exemplo, a indústria relacionada à cannabis já conta com profissionais como o grower, cultivador que trabalha no plantio, manejo e colheita; e a chamada enfermagem canábica vem crescendo, mas ainda está em processo de definição. De acordo com a American Cannabis Nurses Association, à medida que mais enfermeiros entram no setor, é possível ver muitas funções novas que poderiam desempenhar. 


“Atualmente, vemos enfermeiros na indústria da cannabis oferecendo educação a pacientes, empresas de cannabis, provedores de saúde e políticos. Muitos enfermeiros começaram suas próprias empresas e continuam sendo líderes na indústria”, afirmou a Associação para a Mídia. No país, pelo menos 35 estados contam com regularização da maconha para uso medicinal.


Já no Brasil, o mercado ainda é “tímido”, mas vem ganhando destaque. O uso de CBD foi liberado pela Anvisa através de importação, em 2019 e há permissão de venda de dois produtos em farmácia, desde que com prescrição médica. Além disso, o Projeto de Lei 399, relacionado ao cultivo para fins medicinais, está em tramitação, causando movimentação no setor e nas demandas por especialistas e estudiosos, a qual passa por médicos, neurocientistas, psicólogos, farmacêuticos, jornalistas e profissionais do marketing, por exemplo.


Confira alguns trabalhos relacionados à indústria do hemp mundo afora:


Cultivador (grower):  trabalha no plantio, manejo e colheita. 
Profissional de atendimento ao cliente (buttender): conhece os produtos e sabe explicar suas características e efeitos. Em alguns países, a maconha medicinal é comercializada como suplemento e a venda é tão grande quanto a de medicamentos, abrangendo inclusive dermocosméticos.
Empreendedores do setor que administram lojas especializadas.
Profissionais de entrega e coleta de produtos.
Profissionais da área de comunicação que cobrem o tema.
Acadêmicos e neurocientistas que estudam a área.
Advogados que acompanham em detalhes a legislação relacionada.
Psicólogos que tratam os pacientes.

Confira alguns cursos que abordam o tema para quem quer estudar mais:


Pós-graduação em Horticultura canábica: é oferecida pela Niagara College, no Canadá.
Especialização sobre Maconha medicinal: voltada aos alunos de Ciências Comportamentais da Universidade Max Stern Yezreel, em Israel.
Curso terapêutico da Cannabis: capacitação realizada pelo Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no Brasil.
Química de plantas medicinais: graduação focada no estudo da cannabis pela Universidade do Norte de Michigan, nos Estados Unidos.