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10 curiosidades sobre a maconha medicinal que você precisa saber

O que você sabe sobre o uso medicinal da maconha? Se você não é um estudioso sobre o tema, certamente há muitas curiosidades que você sequer imagina e vamos falar sobre elas aqui!

Primeiramente, é importante dizer que a chamada maconha medicinal (hemp) no Brasil teve seu uso liberado através de importação em 2019 pela Anvisa. Ou seja, muitas pessoas já estão conseguindo aproveitar seus benefícios desde então.

Mas é bom entender que a planta da cannabis é formada por muitas substâncias e, dependendo de como é cultivada, pode ter efeitos bastante diferentes no corpo humano. Essa é a primeira curiosidade de que trataremos aqui!

1. Uma planta, muitos ingredientes

Para começar, saiba que a cannabis é formada por mais de 100 compostos que têm efeitos diversos. No Brasil, para ser considerada medicinal, é necessário que a concentração da substância THC nos produtos seja de até 0,2%. Nos Estados Unidos esse percentual é de 0,3% e cogita-se um projeto de lei que deve aumentar para até 1% a presença de THC. Já em países da Europa, como Portugal, por exemplo, chegou a ser aprovada uma substância à base de cannabis medicinal com 18% de THC e menos de 1% de CBD.

É importante entender que é o THC que gera os efeitos mais recreativos e neurotóxicos associados ao uso da maconha, mas isso não significa que ele não tenha efeitos medicinais. Tudo depende da dosagem. Em geral, o THC também vem sendo usado com sucesso no tratamento de várias patologias, como esclerose múltipla, aids e quimioterapia, além de ajudar a controlar a dor e o apetite.

2. Os canabinóides da planta têm semelhanças com substâncias que nossos corpos produzem

Pois é, a cannabis e o corpo humano têm similaridades. Os canabinóides são a parte da planta que possui semelhança com substâncias que os nossos corpos produzem: os endocanabinóides (ECB). Por isso, interagem com os mesmos receptores que elas e podem ser uma alternativa medicamentosa de grande potencial para doenças do corpo e cérebro. Os canabinóides CBD e THC estão entre os principais encontrados nas flores da cannabis.

3. A maconha medicinal pode ser consumida de vários jeitos, até na hora do banho!

Outra curiosidade sobre a maconha medicinal é que ela pode ser consumida de várias formas diferentes, como óleos, gel, gomas de mascar, cápsulas e até bombas de banho. Portanto, esqueça a ideia de que é preciso acender no vapor para funcionar. Quando se trata de CBD, o consumo pode vir através de muitos produtos diferentes.

4. Desde a década de 60 há pesquisas sobre a maconha medicinal

Outro ponto interessante é que o CBD tem sido foco de muita exposição ultimamente, mas você sabia que desde a década de 60 já existem pesquisas relacionadas ao seu uso? Pois é, são quase 60 anos! Foi em 1963 que o professor Dr. Raphael Mechoulam, da Escola de Medicina da Universidade Hebraica de Jerusalém, decidiu isolar o CBD e, no ano seguinte, o THC. Com isso, iniciaram-se novas descobertas sobre as diferenças provocadas pelos canabinóides.

5. O CBD pode ajudar a tratar os sintomas do autismo

Muitas pesquisas têm confirmado os benefícios do uso da maconha medicinal no tratamento de doenças graves e crônicas. Entre elas, o autismo. Isso porque o cérebro de pessoas autistas sofre com o excesso de estímulos neuronais, o que acredita-se que poderia ser controlado pelo CBD, que já mostrou eficácia em reduzir a agitação e controlar convulsões, proporcionando um efeito terapêutico.

Além disso, pacientes com autismo também costumam ter níveis baixos de anandamina, alterações em dopamina e também serotonina. Neste aspecto, o CBD atuaria aumentando o nível de anandamina no corpo ao impedir sua quebra, o que também tem sido considerado bastante positivo.

6. Animais podem se beneficiar com o uso do CBD

E agora uma informação muito importante para os que têm animais de estimação, sejam eles de pequeno ou grande porte. Você sabia que cachorros, gatos ou até mesmo cavalos podem fazer uso de maconha medicinal? É isso mesmo. Os pets mais agitados, nervosos e até os que sofrem com dores corporais podem ser tratados com CBD, já que o óleo ajuda a relaxar. Além disso, na USAHEMP, por exemplo, todos os cães, cavalos, bois alpacas e até galinhas são alimentados com ração de hemp feita com as sobras dos produtos extraídos para a fabricação do óleo de CBD. Dessa forma, eles também podem aproveitar os benefícios!

7. O CBD pode ajudar no tratamento do abuso de drogas

Algumas pesquisas têm mostrado que o CBD auxilia quem está realizando tratamento relacionado ao vício das drogas, como álcool, cocaína e heroína. Seu uso ajudaria a diminuir as possibilidades de recaídas. Uma das pesquisas, publicada no American Journal of Psychiatry, foi realizada com 42 pessoas dependentes de heroína e concluiu que as que receberam CBD tiveram o desejo de consumir a droga diminuído. O efeito durou até uma semana.

8. A epilepsia pode ser controlada com o uso de CBD

Estudos sobre o uso do CBD por quem sofre com os sintomas da epilepsia estão sendo realizados há anos e comprovam os benefícios da substância, principalmente quando as convulsões acometem crianças. Duas condições raras podem ser tratadas com uso sob aprovação do FDA (U.S Food and Drug Administration). São elas:

  • Síndrome de Lennox-Gastaut (LGS), uma condição de epilepsia que causa convulsões frequentes na infância, acometendo crianças entre 3 e 5 anos.
  • Síndrome de Dravet (SD), uma condição também rara e progressiva, que aparece no primeiro ano de vida e gera convulsões frequentes, muitas vezes relacionadas a mudanças de temperatura corporal mínimas e febre.

9. A maconha medicinal pode auxiliar a terceira idade

Quem está na terceira idade pode encontrar muitos benefícios com o uso de produtos de CBD. Isso porque eles comprovadamente auxiliam a aliviar dores crônicas e tensão muscular, reduzir a ansiedade e a falta de sono e, ainda, a prevenir a perda óssea, comum com o passar dos anos.

10. Dá para conseguir CBD pelo SUS

Finalmente, outra curiosidade importante relacionada ao uso da maconha medicinal é que é possível obter canabidiol pelo SUS caso você não tenha condições de pagar por ele. Isso porque a partir do registro sanitário na Anvisa, o canabidiol está liberado para a produção e consumo. Portanto, caso o seu médico indique o uso do medicamento, há razões para exigir o fornecimento de canabidiol pelo SUS. Para tanto, será necessário um relatório reforçando a sua necessidade de utilizar o canabidiol para tratar a doença, seja ela qual for. Nesse artigo explicamos melhor como funciona!