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Pesquisas sobre o mercado canábico no Brasil

Confira o que está sendo pensado e analisado sobre o tema

No mundo inteiro a cannabis tem sido objeto de pesquisas frequentes, já que seu uso para
o tratamento de doenças crônicas tem aumentado cada vez mais. Nos últimos 10 anos,
esses estudos também cresceram no Brasil, isso porque, entre outras coisas, as
associações de pacientes e familiares vêm demandando mais informações e dados.

No Brasil, em maio de 2015, o uso de produtos à base de canabidiol (CBD) em associação
com outros canabinóides foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). Até 2016, substâncias presentes na planta foram prescritas por mais de 800
médicos brasileiros e o número de prescritores vem crescendo cada vez mais. Impulsionado
principalmente pelos resultados positivos obtidos por quem sofre com crises convulsivas.
Todavia, muitas outras doenças, como Parkinson e Alzheimer, também vêm sendo tratadas
com as substâncias da planta e são foco de pesquisas no mundo todo. Muitas doenças têm
seus sintomas aliviados com o uso dos produtos derivados da Cannabis, como é o caso da
endometriose, da esclerose múltipla e até do câncer.

No último mês de julho, o seminário internacional “Cannabis amanhã: um olhar para o
futuro” foi promovido pela Fundação Oswaldo Cruz e pela Associação de Apoio à Pesquisa
e Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi) para tratar do tema.
De acordo com o neurocientista Sidarta Ribeiro, professor da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN), o avanço das pesquisas acompanha a tendência mundial de
regulamentação de medicamentos feitos à base da planta. “Se as pessoas precisam, ou se
algum familiar, algum amigo precisa dessa substância para lidar com situações de vida ou
morte, elas são capazes de romper as amarras da difamação que a maconha sofreu por
muitas décadas”, disse.

No mesmo evento, o médico sanitarista e assessor de relações institucionais da Fiocruz,
Valcler Rangel, explicou que a Fiocruz quer implantar ações para induzir mais pesquisas na
área visando à possibilidade de se usar a maconha medicinal como um recurso de saúde
pública. “A ideia é induzir estudos voltados para o uso medicinal da cannabis, com a
constituição de plataformas de análise e criação de um grupo de trabalho permanente com
universidades e sociedade civil”, afirmou.

Inteligência de dados para o setor da cannabis

Além das associações e universidades, quem procura análise de dados e insights
relacionados à cannabis, cânhamo e seus periféricos no Brasil pode encontrar relatórios
atuais e informações diversas no site da Kaya Mind. Basta se cadastrar para fazer o
download. Há materiais gratuitos e pagos. O relatório mais recente disponível trata do uso
da cannabis no mercado pet, mas há relatórios sobre cannabis para fins medicinais,
tendências de mercado, uso da cannabis no esporte, etc.

“Sabemos do potencial desse mercado, assim como o impacto que a regulamentação pode
ter na vida das pessoas, desde que seja feita de maneira responsável. Queremos auxiliar
profissionais, negócios, empresas e governos a compreenderem um mercado ainda sem
respostas”, diz a empresa em seu site.

Confira algumas associações que tratam do tema no Brasil:

Santa Cannabis
SBEC
Ama + ME
Abrace
Apepi