Aguarde, carregando...

Pesquisa indica queda de 41% no custo mensal para uso da cannabis medicinal no Brasil

Levantamento tem como referência base de dados com 35 mil pacientes

Uma pesquisa divulgada recentemente mostrou que o custo médio do tratamento mensal com canabidiol (CBD) no Brasil caiu de R$ 505,35 para R$ 300 em dois anos, uma redução de 41%. Os números fazem parte de um levantamento da Cannect, maior ecossistema de cannabis na América Latina, que trabalha com uma base de dados de 35 mil pacientes. 


Outro número importante apontado é o valor do frete no mesmo período, que passou de mais de R$ 400 para R$ 120, algo explicado por uma série de ações integradas que vêm expandindo e popularizando o uso medicinal da cannabis.


O levantamento também mostrou queda no valor das consultas para pacientes que buscam o tratamento. O valor médio caiu de R$ 300 para R$ 175, o que seria explicado pelo aumento no número de profissionais da área médica que podem prescrever cannabis.


Apesar da morosidade nas regulamentações no mercado nacional, é importante saber que o uso da cannabis vem se expandindo em diversos setores, especialmente quando a legislação ajuda. Na área odontológica, por exemplo, houve aumento de 300% no uso de março de 2022 a abril de 2023, também segundo dados da Cannect. 


A alta procura, de acordo com informações divulgadas pelo ecossistema, teria se dado após a liberação da RDC 660, resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no início de 2022, que incluiu o campo de número de registro do profissional de odontologia nos pedidos de importação de medicamentos.


Os empregos relacionados ao mercado de cannabis, por sua vez, também crescem no País. Segundo estudo da consultoria Kaya Mind, de setembro de 2021 a setembro de 2022 houve aumento de 37% no número de vagas em setores variados. Até então, havia pelo menos 1.027 profissionais trabalhando neste mercado. A consultoria acredita que o potencial para a criação de vagas (formais e informais) relacionadas ao mercado canábico no Brasil é de mais de 328 mil em quatro anos.