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Canabidiol e Doença de Parkinson

Pesquisas iniciais indicam potencial terapêutico do CBD para tratar sintomas como a insônia

Conhecida também como Mal de Parkinson, a doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, sendo uma das mais comuns nesse sentido. Entre os sintomas de quem sofre com ela estão tremores e rigidez, além de insônia. Será que o canabidiol (CBD) pode ajudar de alguma forma?

 

Primeiramente, é importante saber que o Parkinson pode atingir mulheres e homens e é mais comum que esteja relacionado ao envelhecimento. Ainda assim, pode haver pacientes mais jovens acometidos pela doença. O Parkinson acontece devido à morte de neurônios responsáveis pela produção de dopamina.

 

Recentemente, a jornalista Renata Capucci contou que foi diagnosticada com Parkinson há quatro anos. Ela explicou em entrevista ao jornal O Globo que faz tratamento com canabidiol, medicamento prescrito por sua médica, para ajudar com a insônia.

 

Na entrevista, Renata contou que a insônia é uma das características da doença. “Realmente me relaxa bastante. Me ajuda a dormir. Eu sempre dormi igual uma pedra, mas ele me ajuda ainda mais a dormir. Eu sempre fui a favor de tudo que pode ajudar, e sabemos que o canabidiol é usado em diversos tipos de doenças. Desde tratamento de câncer, esclerose múltipla, autismo, convulsões, epilepsia. As pessoas não têm informação sobre o que é, e acham que é apenas maconha", explicou.

 

Pesquisas sugerem benefícios no uso por quem sofre de Parkinson

 

Algumas pesquisas recentes têm sido feitas para observar o uso do canabidiol (para tratar sintomas de parkinson, mas embora o CBD tenha demonstrado resultados favoráveis tanto em estudos pré-clínicos como em estudos clínicos, há um consenso de que são necessários mais estudos controlados.

 

No último mês de maio, foi publicado um estudo de revisão no periódico científico Journal for Nurse Practitioners sobre o uso de canabidiol no tratamento de Parkinson. 

 

Um ensaio clínico mostrou que a administração diária de 300 mg de canabidiol melhorou a mobilidade, a comunicação, o estado emocional, o desconforto corporal e a comunicação de pacientes com Parkinson em comparação com o tratamento com placebo, de acordo com o periódico.

 

Outra pesquisa citada foi realizada com cobaias e mostrou que o CBD exibiu propriedades neuroprotetoras em pacientes com a doença neurodegenerativa, reduzindo a degeneração nigroestriatal (área de memória de hábitos do cérebro) e as respostas de inflamação nos neurônios. O tratamento com canabidiol também melhorou o desempenho motor dos ratos e diminuiu a queda nos níveis de dopamina, proporcionando atividade anti-inflamatória e retardando o estresse oxidativo nos animais.

Uma das vantagens no uso de canabidiol em comparação com os fármacos habituais para Parkinson é a possibilidade do paciente fazer uso mais prolongado. Ainda assim, alguns efeitos podem ocorrer de acordo com o News Medical, como sonolência e tontura, sendo necessário sempre uma indicação médica para cada caso.