Na última sexta-feira, 13 de dezembro, o Conselho Nacional de Política sobre Drogas (Conad) aprovou a recomendação para a regulamentação urgente do cultivo e uso da cannabis para fins medicinais, científicos e industriais no país. A decisão histórica reflete o crescente reconhecimento do potencial terapêutico e econômico da planta.
A medida chegou a partir do relatório do Grupo de Trabalho para a Regulamentação da Cannabis (GT Cannabis), criado no início da atual gestão federal. Com o apoio unânime dos representantes do governo e da sociedade civil que integram o Conad, o objetivo agora é acelerar o processo de regulamentação por meio de uma Comissão Técnica Interministerial coordenada pelo Ministério da Saúde. A expectativa é que essa ação impulsione a produção nacional e facilite o acesso a tratamentos inovadores e produtos sustentáveis.
Como já explicamos algumas vezes, a cannabis pode ser usada de diversas formas além do campo medicinal. Entre elas, a produção de tecidos, cordas, papel, materiais de construção e biocombustíveis — setores que podem se beneficiar de uma solução sustentável e de baixo impacto ambiental. Além disso, a planta é utilizada na fabricação de cosméticos, produtos de higiene pessoal, suplementos alimentares e até itens para uso veterinário.
Na área da saúde, que é nosso foco, os canabinoides têm demonstrado eficácia no tratamento de diversas condições, como epilepsia, dores crônicas, transtornos de ansiedade, doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer, além de atuarem como auxiliares no manejo de efeitos colaterais de quimioterapias e tratamentos para dependência química.
Cada vez mais estudos e pesquisas vêm sendo realizados com o objetivo de entender o uso da planta e seus benefícios, e continuamos acompanhando tudo para te deixar bem informado!