Uma pesquisa realizada no último mês de setembro mostrou que os brasileiros estão entendendo cada vez melhor que o uso medicinal da cannabis é algo totalmente diferente do uso recreativo que se faz da planta. Para a maior parte deles, 76%, a cannabis poderia ser usada para ajudar a tratar sintomas de doenças como Mal de Parkinson, esclerose múltipla, Alzheimer, depressão e outros transtornos. Com relação ao uso recreativo, os números mostram que a maior parte dos brasileiros é contra: 72%.
O estudo também quis saber as preferências eleitorais dos respondentes, descobrindo que a maioria, tanto entre eleitores de Lula quanto os de Bolsonaro, são favoráveis ao uso medicinal (73% entre o primeiro grupo e 59% entre o segundo).
Apesar do apoio para o uso com a finalidade medicinal, somente 3% dos entrevistados pelo Datafolha disseram já ter usado na prática medicamentos produzidos com as substâncias da cannabis. Porém, dentre os 97% que nunca utilizaram, 60% se mostraram dispostos a aceitar um eventual tratamento com canabinóides por razões médicas.
Foram escutadas 2.016 pessoas entre os dias 12 e 13 de setembro e a margem de erro apontada pelo Datafolha é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
De acordo com a pesquisa, as informações relacionadas ao uso medicinal da cannabis têm se tornado mais acessíveis à população, o que ajuda a combater preconceitos e desinformação. A maioria dos entrevistados, 85%, disse possuir algum conhecimento sobre o assunto. Apenas 32%, porém, disseram estar realmente bem informados. Além disso, 11% disseram estar mal informados e outros 11% desconhecem o tema. A minoria, 2%, não quis responder.
Atualmente, o uso medicinal da cannabis é um assunto que está em pauta de forma frequente. Além disso, diversos estudos vêm sendo realizados em busca de mais evidências científicas sobre o potencial dos canabinoides no tratamento de doenças. Em nosso blog e redes sociais, você pode se manter atualizado sobre o assunto.
Com relação ao cultivo de cannabis, de acordo com o estudo do Datafolha, 67% dos brasileiros são favoráveis ao uso de pesquisadores e fins farmacêuticos. No País, o cultivo não é liberado, mas algumas poucas autorizações judiciais o permitem em algumas situações desde que comprovada a necessidade por razões de saúde.