Quem sofre com os sintomas da epilepsia pode encontrar benefícios no uso do CBD, principalmente quando as convulsões acometem crianças. O uso do canabinóide para casos do tipo já conta com a aprovação do FDA, nos Estados Unidos, e da Anvisa, no Brasil.
Em 2018, o FDA (U.S Food and Drug Administration) aprovou o uso do CBD como terapia para duas condições raras caracterizadas por convulsões epilépticas.
Posteriormente, em 2019, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também aprovou o uso da maconha medicinal para epilepsia e outras condições médicas através de importação.
No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, há pelo menos 50 milhões de pessoas que sofrem com o transtorno. No Brasil, dados de 2015 citam 3 milhões de epilépticos, com aumento anual entre 350 mil e 380 mil casos por ano.
Estudos indicam eficácia do CBD no tratamento de epilepsia
O uso do CBD no tratamento de epilepsia é justificado pelos resultados bastante favoráveis de estudos já realizados. Um deles, publicado na revista Frontiers in Neurology, revelou que o óleo de cannabis pode reduzir de forma significativa o número de convulsões em crianças com epilepsia grave.
No estudo, os pesquisadores utilizaram extrato de cannabis com 95% de CBD (canabidiol). O extrato foi oferecido a sete crianças com epilepsia grave e em quatro dessas crianças houve melhora de mais de 50% no número de crises diárias. Quando a dose foi dobrada, as sete crianças registraram melhora e três delas pararam de ter crises convulsivas.
“Algumas dessas crianças começaram a conversar ou engatinhar pela primeira vez, tornando-se mais interativas com as famílias e entes queridos”, disse Richard Huntsman, neurologista pediátrico e autor do estudo, em comunicado enviado à imprensa.
O médico também ressaltou que o que torna os estudos com CBD realmente importantes é que se trata de abrir as portas para uma nova opção de tratamento para crianças que não estavam respondendo aos medicamentos tradicionais.
Síndromes raras podem ser tratadas com óleo de CBD
Duas condições raras caracterizadas por crises de epilepsia podem ser tratadas com uso do CBD sob aprovação do FDA. São elas:
- Síndrome de Lennox-Gastaut (LGS), uma condição de epilepsia que causa convulsões frequentes na infância, acometendo crianças entre 3 e 5 anos.
- Síndrome de Dravet (SD), uma condição também rara e progressiva, que aparece no primeiro ano de vida e gera convulsões frequentes muitas vezes relacionadas a mudanças de temperatura corporal mínimas e febre.
Outro estudo apresentado em 2019 no 71º encontro da Academia Americana de Neurologia envolveu 199 crianças com a Síndrome de Dravet com idade média de 9 anos e as dividiu em três grupos: um recebeu diariamente 20mg de canabidiol por quilo corporal; outro recebeu 10mg; e outro recebeu apenas placebo. No final, as convulsões haviam diminuído em 46% entre as crianças que tomaram a dose mais alta; 49% entre as que tomaram a dose menor; e 27% entre as que tomaram placebo.
Outros estudos indicam benefícios do CBD nos sintomas da epilepsia
Estudos que avaliam os benefícios do CBD no tratamento da epilepsia vêm acontecendo há alguns anos. Um dos pioneiros foi realizado pelo professor Elisaldo Carlini, da UNIFESP.
O professor Carlini realizou um estudo duplo cego randomizado de fase 1, que revelou o potencial do CBD para combater convulsões. A pesquisa analisou 8 pacientes adultos e mostrou suspensão da crise em 4 deles e redução em 3.
Outro estudo apresentado em 2015 acompanhou 38 pacientes epilépticos refratários, ou seja, com crises farmacorresistentes, que utilizavam óleo de CBD para controle das crises convulsivas de repetição.
Neste estudo, os autores Dr. Paulo Fleury, Professor Renato Malcher e Dr. Leandro Ramires, observaram:
- Redução no número de crises convulsivas em 78,9% dos pacientes.
- Redução de mais de 75% na intensidade das crises em 68,4% dos pacientes.
- Redução do uso de medicação antiepíléptica para 73% dos pacientes.
É importante ressaltar que os estudos relacionados aos benefícios do CBD no tratamento da epilepsia e seus transtornos, como convulsões e outras complicações, tais como neurodegeneração, lesão neuronal e doenças psiquiátricas estão sempre sendo atualizados.
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