A gravidez é uma fase que costuma ser bastante especial para as mulheres, mas ela também traz sintomas nem sempre muito agradáveis, como náuseas, enxaqueca, dores e ansiedade. Sabemos que os produtos à base de canabidiol (CBD) podem ser aliados no combate a esses sintomas, mas será que podem ser usados por grávidas?
Tratar de gravidez e medicina canábica é um tema que desperta polêmica, já que não há estudos conclusivos relacionados ao uso e os especialistas concordam que é preciso que as pesquisas continuem antes de tirarem conclusões. Todo uso nesta condição, portanto, só deve ser feito sob orientação médica. Além disso, é importante ressaltar que aqui tratamos do consumo de CBD e não de THC, ou seja, trata-se da maconha medicinal e não recreativa.
O que dizem as pesquisas
Algumas pesquisas sobre o uso de CBD na gravidez já foram realizadas e trazem informações importantes. Em 2016, a Dra Shayna Conna realizou estudos para saber se a exposição à cannabis poderia prejudicar o desenvolvimento pós-natal em bebês e descobriu que, quando usada de forma isolada, a substância não levava a complicações.
Por outro lado, um estudo realizado em 2017 pelo Journal of the American Medical Association (JAMA), mostrou que o uso da cannabis durante a gravidez poderia aumentar o risco de parto prematuro e descolamento de placenta.
Em razão do número insuficiente de pesquisas, nos Estados Unidos, por exemplo, a FDA (US Food and Drug Administration), órgão regulador no país, desaconselhou o uso de produtos de CBD por grávidas ou lactantes. Em 2019, o órgão declarou que “não há uma pesquisa abrangente estudando os efeitos do CBD no feto em desenvolvimento, na mãe grávida ou no bebê amamentado”.
Ainda assim, cada caso é um caso e deve ser avaliado por um médico. A atriz Laura Neiva, por exemplo, optou por continuar a fazer uso do óleo de canabidiol na gravidez devido às crises de epilepsia.
Ela explicou em diversas entrevistas à mídia que começou a fazer o tratamento com os produtos após observar melhora em um de seus cães, que também era epiléptico e vivia em estado quase vegetativo. Ao ficar grávida, manteve o uso seguindo recomendações médicas. Ressaltamos, portanto, que apenas um médico terá condições de avaliar e indicar ou não o uso de CBD durante a gravidez.