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CBD para quem tem diabetes: faz bem?

Como o canabidiol pode ajudar quem é portador de diabetes

Cerca de 460 milhões de pessoas sofrem com diabetes no mundo, sendo que por volta de 1 milhão são crianças e jovens com menos de 20 anos. Os dados são do Atlas do Diabetes da Confederação Internacional de Diabetes (IDF). E será que o CBD (canabidiol) pode ajudar os portadores da doença?

 

Para começar, é importante saber que há dois tipos principais de diabetes. O tipo 1 afeta entre 5% e 10% dos diabéticos e é causado pela destruição das células produtoras de insulina devido a um defeito no sistema imunológico. O tipo 2 é o mais comum, afetando cerca de 90% dos portadores. Ele resulta da resistência do organismo à insulina e da deficiência na sua secreção. 

 

E também há outros tipos, como a diabetes gestacional, que pode acontecer na gravidez; e a diabetes causada por doenças ou pelo uso de determinados medicamentos.

 

Quem sofre com a diabetes tipo 1 costuma ter muita fome e sede, vontade constante de urinar, fraqueza e perda de peso, nervosismo, entre outros sintomas. Quem sofre com o tipo 2 pode ter infecções, formigamentos, pouca cicatrização e alterações visuais. 



Como o canabidiol pode ajudar quem é portador de diabetes

 

Apesar de não haver recomendação médica formal para o uso do canabidiol para combater os sintomas da diabetes (cada caso deve ser avaliado individualmente), um estudo realizado em 2013 mostrou que a maconha medicinal pode ajudar a controlar o nível de açúcar no sangue e elevar o colesterol bom. 

 

O sistema endocanabinóide, ao qual o canabidiol se une, auxilia a metabolizar a glicose e os processos autoimunes no organismo. De acordo com a endocrinologista Thaís Perlingeiro, da Clínica Gravital, “o CBD age no combate à obesidade ao reduzir o apetite, melhora a capacidade da insulina de regular os níveis de açúcar no sangue, acelera a cicatrização de feridas diabéticas e protege as células secretoras de insulina no pâncreas, entre outras vantagens”.

 

Outro estudo do National Health and Nutrition Examination Survey mostrou que quem usa maconha medicinal tem menor prevalência de diabetes; e que, apesar do maior consumo de calorias em relação a não usuários, o índice de massa corporal é menor. 

De forma geral, o controle do nível de açúcar no sangue - necessário para quem tem diabetes - requer uma dieta com pouca ingestão de açúcar, medicamentos e prática de exercício físico. É consenso de que ainda são necessárias mais pesquisas sobre o uso de canabidiol no tratamento de diabéticos, mas os resultados obtidos parecem promissores.

 

De acordo com o pesquisador israelense Raphael Mechoulam, modular a atividade endocanabinóide, algo que acontece com o uso de canabidiol, pode ter potencial terapêutico para uma série de doenças, incluindo a diabetes. 

 

Recomenda-se sempre procurar apoio médico para que cada caso possa ser avaliado com o cuidado necessário.